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Mudando crenças limitantes segundo os Toltecas

Toltèques - Copie




Dentro do ponto de vista do Coaching “tradicional”, este Post seria um pouco “não ortodoxo” pelo fato de misturar conceitos atuais com sabedorias ancestrais. Mas esse é justamente o interesse que vejo nesse Post e por isso gostaria de apresentá-lo.

Nossa percepção do mundo é indireta, ou seja, ela primeiramente passa pelo filtro dos nossos cinco sentidos (visão, paladar, olfato, audição, tato). Após esse primeiro processo de filtragem, é seguido um processo de interpretação de nossa percepção. Esse processo de interpretação depende basicamente de nossos valores e crenças. Nossa visão de mundo é explicada a partir das coisas em que acreditamos e que fazem parte de nossa realidade (ver Post “a realidade da realidade”). Por exemplo, quando meus olhos avistam um pitbull vindo na minha direção na calçada, minha interpretação pessoal é de perigo iminente e eu logo dou um jeito de atravessar a rua. Mas por quê será que eu agi assim? Porque já fui atacado mais de uma vez e generalizei que os pitbulls são perigosos. Já outras pessoas interpretarão como um cãozinho bonitinho e serão mesmo capazes de acariciá-lo quando ele passar. Essas pessoas provavelmente não viveram experiências traumáticas com cães. O processo de interpretação leva em conta as experiências já vividas e cria crenças generalizadas, que chamamos de crenças limitantes, como por exemplo no meu caso, cachorros pitbull são agressivos.

Durante minha formação em Coaching na França, eu estava estudando justamente sobre crenças limitantes quando me encontrei com um amigo compositor que havia me dito que eu deveria ler um livro sobre a sabedoria ancestral tolteca. A tradição tolteca se apresenta como sendo a guardiã do conhecimento de Quetzacoatl no México. Nesse livro, “Os quatro acordos toltecas”, Don Miguel Ruiz (o autor) fala sobre as crenças limitantes das pessoas do mundo de hoje, segundo o ponto de vista da tradição tolteca.

Confesso que minha primeira reação não foi de muito interesse, pois eu pensei: “estou fazendo uma formação empresarial e meu amigo me aconselha ler um livro tolteca?” Não que eu tenha preconceito com conhecimentos ancestrais. Até me interesso bastante pelo assunto, mas, num primeiro instante, me pareceu meio fora do contexto. Mas acabei mudando de idéia, pois o fato de estar disposto a conhecer um outro ponto de vista sobre o tema, mesmo que não ortodoxo poderia enriquecer minha visão sobre o assunto. Não deixa de ser uma crença limitante sendo trabalhada. 🙂

Decidi então ler o livro e acabei gostando bastante. Compartilho aqui então as principais idéias do livro e apresento o que os Toltecas nos aconselham para quebrar nossas crenças limitantes e viver melhor. Em resumo, os toltecas aconselham quatro regras ou acordos a não serem quebrados para as pessoas terem uma vida com menos sofrimentos:

1º Acordo Tolteca – Que sua palavra seja impecável!

O autor considera esse acordo o mais importante a ser respeitado e, ao mesmo tempo, o mais difícil de respeitar. Qualquer que seja nossa maneira de falar, nossa intenção se manifesta pela palavra. A palavra não é apenas um som, é uma força criadora. Ela representa nossa capacidade de exprimir, comunicar, pensar e, por consequência, criar eventos em nossas vidas. A palavra não deve então ser utilizada contra si ou contra o outro, senão ela manifesta seu aspecto destrutivo. A palavra deve ser utilizada a favor de algo construtivo. Para exemplificar, imaginem uma criança pequena brincando e cantando. Sua mãe fica incomodada com o barulho da criança e grita: “Cale-se!! Sua voz é horrível e está incomodando.” Na realidade, não é a voz da criança que é horrível, mas a intolerância da mãe aos ruídos é que foi reduzida a zero. Qual seria uma possível reação da criança? Acreditar na mãe, achar que sua voz é horrível, ter vergonha de falar na escola e nunca mais cantar.

Outro aspecto ligado à palavra é o fato de que, em nossa sociedade atual, a palavra tem perdido bastante o seu valor, infelizmente. Em outras culturas e em outros tempos, os acordos eram feitos entre “homens de palavra”. Ainda existem países como o Butão em que pequenas mentiras são consideradas ofensas graves. A mentira é realmente mal vista nesses lugares. Já em nossa sociedade atual mentir tornou algo banal e aquilo que é combinado nem sempre é respeitado. Cria-se assim uma incoerência entre as palavras e as atitudes ou ações decorrentes dela. É como se lançássemos energias contraditórias ao universo. Como resultado, vivemos numa sociedade onde as atitudes falam mais do que as palavras. Já disse Clarice Lispector: “Palavras até me conquistam temporariamente, mas atitudes me ganham ou me perdem pra sempre…” Eu interpreto essa frase da seguinte maneira: “As palavras podem ser ilusórias… Não acredite em palavras.. Acredite em ações e atitudes!” Eu, pessoalmente, espero que essa tendência mude e que em nossa sociedade futura, as palavras estejam em coerência com as atitudes. Isso depende de cada um de nós, de nossas palavras e de nossas atitudes.

2º Acordo Tolteca – O que quer que aconteça… Não leve para o pessoal!

Imagine que você está andando na rua e, sem querer, esbarra de leve em alguém. A pessoa olha pra você e, mesmo sem te conhecer, diz: “Espécie de idiota! Olhe por onde anda!” Na realidade, o que essa pessoa disse não te concerne. Ela nem te conhece. Se você leva para o pessoal, vai absorver o sentimento de que você é um idiota. Mas na verdade a resposta dela somente reflete intolerância e irritabilidade dela. É um descontrole dela, não seu.

Em outro exemplo, você se encontra com um ex-colega de trabalho e ele te diz : “Nossa! Como você engordou?” Se você for levar para o pessoal, você vai se sentir mal ou consigo mesmo ou irritado com o outro. Pense que são os sentimentos, crenças e opiniões do outro e que isso não te concerne.

3º Acordo Tolteca – Não faça suposições!

O ser humano tem tendência a fazer suposições sobre tudo. E, se levarmos em conta aqueles que são mais pessimistas, as suposições serão baseadas nas piores possibilidades. Fazendo suposições, acabamos julgando os outros e, muitas vezes levando erroneamente as coisas para o pessoal. Muitas das suposições são feitas de maneira rápida e inconscientes. Quando estamos fazendo suposições, estamos colocando intenções nas ações dos outros e criando desentendimentos.

Fazemos suposições mesmo com relação a nós mesmos e acabamos gerando conflitos internos. Um exemplo disso é a frase “Eu acho que não sou capaz de fazer tal coisa.” Tempos depois, se você vencer essa primeira barreira limitante, você pode descobrir que é capaz de fazer sim. Nós temos tendência a nos superestimar ou subestimar o tempo todo. Não adianta mentir pra si mesmo. Avalie sua situação real e descubra do que você é capaz e o que você realmente quer.

Em relacionamentos, quantas vezes nó não supomos que algumas ações de nossa parte serão capazes de mudar os defeitos que nos incomodam no nosso parceiro? Ao invés disso, funcionaria melhor uma conversa sincera, pois o outro só muda quando ele toma consciência por ele mesmo de que ele quer e deve mudar. É melhor agir de maneira clara com uma comunicação direta e verdadeira. Uma boa comunicação, com um mínimo de suposições, é a chave para minimizar os desentendimentos (ver Post “Dois Pesos, Duas Medidas“).

4º Acordo Tolteca – Faça sempre o seu melhor!

Não fazer o seu melhor gera frustrações e culpabilidade. Quando fazemos o melhor que podemos, independentemente do resultado ser aquele que esperamos, temos a consciência tranquila. Se o seu melhor não foi o suficiente, tente novamente de outra maneira! Você perceberá que o “melhor” já melhorou da segunda vez. Imagine que você esteja tentando parar de fumar. Depois de 15 dias, você não aguenta e fuma um cigarro. Muitas pessoas nesse momento se dizem: “Tá vendo! Eu não consigo parar de fumar!” e porque não se dizer: “Eu já consegui 15 dias. Amanhã começo de novo e conseguirei muito mais.” O melhor de cada um varia segundo o humor e o contexto . O melhor também evolui com o tempo.

Quando buscamos nosso melhor, os hábitos de mal utilizar as palavras, de levar as coisas para o pessoal e de fazer suposições acabam se enfraquecendo.

Buscando nosso melhor de maneira contínua criamos um movimento contínuo de transformação construtiva em nossas vidas.  🙂

Recomendo fortemente a leitura do livro abaixo para aprofundamento no assunto.

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